4ª Igreja do Evangelho Quadrangular - Catalão-Go-Brasil

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Crescendo na Disciplina do Perdão

O termo perdão (gr. apoluou) significa “quitar”, “absorver”, “anistiar”, “isentar”, “apagar”, “deixar de lado”. Logo, vale à pena ressaltar, de antemão, que o perdão não é:
a) Guardar ressentimentos.
b) Alojar sentimento de vingança no coração.
c) Tolerar o pecado.

(...) Agora, porém, vamos apenas obter uma visão panorâmica dos princípios encontrados em Mateus 18.

1 º Princípio: Tranformação Interior (Vv. 1-14)

A atitude de Jesus para com a criança nos mostra, indiretamente, que o sinal mais confiável de uma conversão genuína é a humildade e/ou atitude mansa como a de uma criança.

Como é uma criança? Como ela pensa de si mesma? A criança pensa sobre si mesma com modéstia e humildade; ela não é vítima da ameaça do orgulho, nem se estriba em sua força e sabedoria; a criança não busca para si grandes coisas, pelo contrário, ela é totalmente dependente do pai. Na prática do perdão precisamos nos “converter” de nosso orgulho para a humildade.

2 º Princípio: Iniciativa para Perdoar (V. 15)

A pessoa que deve tomar a iniciativa do perdão é aquela que foi atingida ou ofendida. A Palavra de Deus convoca essa pessoa vitimada pelo “pecado” do outro, a tomar iniciativa de perdoar: “se o seu irmão pecar contra você, vá e, a sós com ele...”.

Mas, em outro texto, as Escrituras encorajam a pessoa que “pecou” – o causador da ofensa, a assumir a responsabilidade pelo seu ato e a tomar a iniciativa de perdão (Mt 5.23-26). Para que alguém aja assim, é necessário conscientizar-se do que fez, pois cometeu ofensa contra a outra pessoa. Porém, isto dificilmente
acontece!

3 º Princípio: Realidade Espiritual do Perdão (Vv. 18-20).

Muitos expositores bíblicos entendem que as palavras “ligar” e “desligar” se relacionam, principalmente, com a ideia da disciplina eclesiástica. Todavia, neste contexto, o significado destas palavras está mais para a ideia da prática do perdão nos relacionamentos interpessoais: “ligar” fala de reter o perdão e “desligar” de liberar perdão. Ambos os termos apontam para a dimensão espiritual do perdão: concordância entre céu e terra ou vice-versa.

4 º Princípio: Disposição para Perdoar Sempre (Vv. 21-22)

O perdão bíblico não tem limites, pois deve ser liberado quantas vezes for necessário. Pedro havia aprendido no sistema religioso do judaísmo que a prática do perdão era de até três vezes. Portanto, ao sugerir sete vezes, ele achava que estava sendo excepcional. Porém, Jesus introduziu conceito muito mais amplo. O Mestre disse que deve ser de 70 X 7, ou seja: o perdão cristão é ilimitado! Com isso Jesus declara que a nossa responsabilidade é de perdoar sempre. Quantas vezes forem necessárias, pois este ato é expressão da infinita misericórdia de Deus.

5 º Princípio: Nossa Dívida com Deus (Vv. 23-32)

A dívida do meu próximo para comigo é infinitamente menor do que a minha dívida para com Deus. Os “dez mil talentos” (minha dívida para com Deus) representam uma cifra astronômica de mais ou menos “dez milhões de dólares”. Esta quantia revela que o débito daquele servo para com o seu senhor, nunca poderia
ser pago. Só com a graça divina.

Enquanto que os “cem denários” (a dívida do meu próximo para comigo) tratam do salário de 100 dias de trabalho de um homem comum; se comparado com a primeira quantia, é um valor irrisório!

6 º Princípio: As Consequências da Falta de Perdão (V. 34)

Quando retenho o perdão me torno prisioneiro de mágoa, ressentimento, amargura, etc. Mas quando perdoo me coloco em liberdade.

A tradução do grego para “atormentador”, significa aquele “carcereiro que extrai informação via tortura”. Alguns denominam esses “atormentadores” de maus espíritos ou demônios, que aproveitam a falta de perdão para escravizar a pessoa. Indiretamente, pode-se fazer esta aplicação.

Mas de forma direta os “atormentadores” significam sentimentos de culpa, distúrbios mentais, autodepreciação, insônia, conduta autodestrutiva, conflitos pessoais, etc. Infelizmente muitos cristãos estão sofrendo nas mãos desses torturadores”, devido a falta de perdão. Podemos concluir que o principal motivo do “sofrimento” do credor incompassivo foi porque ele se recusou a estender perdão ao parceiro.

7 º Princípio: A Dinâmica da Multiplicação da Graça (V. 35)

Quando não perdoamos ao nosso próximo, o perdão de Deus é “retirado” de sobre nós. A expressão “assim também...”, define que o perdão divino é decorrente do perdão que damos ao nosso próximo! Portanto, corremos um grande risco de ver Deus “retirar” de sobre nós o Seu perdão por conta de não fazermos o mesmo com o nosso devedor (v. 28).

Nossa atitude em perdoar deve ser uma demonstração de que entendemos que fomos perdoados por Deus (Ef 4.32; Cl 3.13). Será que eu posso orar como Jesus ensinou: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores”? (Mt 6.12).

Se eu entender a riqueza, o valor e a grandeza de perdoar, ficará fácil buscar perdão quando eu sou o ofensor.

Trecho do livro "Perdão Restaurador" de Josadak Lima da Editora AD Santos.

Um comentário:

  1. Realmente quando perdoamos uma pessoa que nos ofendeu as coisas começam de uma certa forma mudar na nossa vida, e pude perceber, quando perdoei uma pessoa que gostava muito de ficar falando de mim pelas costas, nossa a atitude dessa pessoa comigo mudou de uma forma tão tremenda que só tenho que agradecer ao Senhor.
    Minha irmã mais um texto mais um aprendizado, como é bom saber que o Senhor esta do nosso lado colocando pessoas abençoadas na nossa vida, para nos ensinar. Fico feliz em saber que a cada dia que passa ELE tem lhe abençoado,e através do que ELE ti ensina você nos ensina também através de um texto ou até mesmo com uma palavra.
    Obrigada minha amiga e irmã Patrícia.
    Elaine Cristina Alves Gonçalves.

    ResponderExcluir