Você acredita? De verdade?
Gente, sinceramente, umas das coisas que acho mais interessante na
vida de uma pessoa, da sociedade e do homem em geral são as expectativas
e as falsas expectativas que giram em torno dela. O que é isso afinal?
Basicamente, são as esperanças fundadas em promessas sobre algo, alguém,
um objeto, sei – lá, o que você quiser. Falsas expectativas,
logicamente então, são esperanças fundadas em promessas irreais,
concepções erradas, distorcidas, equivocadas e por ai vai. Ai você se
pergunta: o que isso tem a ver com adolescência. TUDO.
Hoje, o normal para a nossa sociedade (e quando digo nossa sociedade
me refiro de eu e você), é que a fase da adolescência marcada
irresponsabilidade, uma fase de “aborrescência”, e principalmente
marcada pela falta de compromisso. Minha pergunta é: sempre foi assim?
Antes de qualquer coisa temos que pensar no termo adolescência, que
não possui mais de 300 anos, enquanto que os termos “infância” e
“adulto” existem há séculos. Antes, com o amadurecimento do corpo
(adolescência), a pessoa se tornava adulta, direto, como se fosse um
passe da infância para a “adultes”. Ai, a pouco menos de trezentos anos,
quando o termo adolescência foi criado, junto com os direitos humanos
para crianças e adolescentes, trouxe consigo um estigma de que eles não
são crianças e nem adultos, e assim não podem ser cobrados como adulto e
nem mimados como criança. Complicado isso né. Mas enfim, só quero
demonstrar que antigamente os adolescentes eram carregados de
responsabilidades e compromissos, pois eram tratados como adultos e ao
contrário do que muitas pessoas pensam, existem diversos adolescentes de
doze, treze e quatorze anos que fizeram história no mundo inteiro. Ai
você pode pensar que eles eram obrigados a tornarem-se adultos, cheios
de compromissos e blábláblá, mas o ponto central de meu pensamento é que
o adolescente pode e tem capacidade de enfrentar grandes desafios e
sair vitorioso. Eu acredito nisso e levando a bandeira de que
adolescentes, em média de quatorze anos em diante podem ter
responsabilidades e tenho certeza que bem instruídos podem trazer ótimas
resultados.
Trocando minhas palavras, o líder juvenil, aquele cuja
responsabilidade está os adolescentes e jovens, tem o dever de acreditar
de verdade no potencial deles e não entrar na onda da sociedade moderna
do descrédito e das falsas expectativas para com eles. Acreditar no trabalho de um adolescente. Mudar suas falsas expectativas sobre as pessoas para que estas possam corresponder ao que está se pedindo.
A grande verdade sobre o homem é que ele trabalha sobre as expectativas
as quais ele carrega e por isso levanto uma grande bandeira contra a
desvalorização de nossos adolescentes e essa estigma de
irresponsabilidade e dês-compromisso que se coloca sobre ele. Isso é uma
“onda” criada pelo mundo, pois isso nem sempre foi assim. Ai você vai
me dizer: “aeh é porque você não conhece meus adolescentes”. Meu irmão,
se você pensou isso você demonstra sua mediocridade e deixa claro suas
falsas expectativas sobre eles. Eles vão corresponder àquilo que você
esperar.
Uma curiosidade para complementar meu pensamento: você sabia que
elefantes, depois de adultos, são amarrados pelas patas com uma pequena
corda, laçada sobre uma pequena vara de madeira enterrada na terra. Não?
Agora sabe então. Curioso né. Pois bem, agora imagine aquele animal
enorme, pesando toneladas, usado em muitos locais da África para
carregar arvores de várias toneladas, troncos gigantescos, amarrado
apenas por uma frágil corda. Pensou? E mesmo que fosse a corda que
quisesse, com o tronco de madeira que quisesse, isso seria fichinha para
o grandalhão; e sabe porque ele não escapa? A explicação é o
condicionamento psicológico que ele foi submetido quando ainda era
pequeno. Quer saber? O elefante bebe é afastado da mãe e amarrado com
uma corrente espessa em uma enorme árvore por vários dias. Naturalmente
ele tenta fugir, ir ao encontro da mãe, mas como ainda é pequeno, não
tem força suficiente, e cada vez que ele se esforça mais, a corrente de
metal rasga ainda mais suas patas. Após algumas tentativas frustradas, o
pequeno elefante desiste e nunca mais em sua vida ele vai tentar sair
de uma “cerquinha” psicológica que foi criada em us adolescência…. e
toda vez que ele é amarrado pela pata direita, ele remonta
psicologicamente sua experiência e “sabe” (pensa que sabe), que não vai
conseguir. (Discovery Channel).
Pois bem, o que estamos fazendo com nossos adolescentes hoje em dia é
a mesma coisa, pois você além de não acreditar, quer impor uma caminhão
de sansões que impedem o coitado de crescer e se desenvolver. Irmão, eu
fico horrorizado em pensar que há alguns anos o estudante de psicologia
era banalizado e taxado de desviado, pois teologia antigamente não era
coisa de Deus. Quer ver então curso superior. Meus Deus…. Agora imagine
se o elefante (nossos adolescentes) soubesse de sua força e saísse de
seu mundinho em busca de sua liberdade? Isso seria fantástico, da mesma
forma como pode ser fantástico para os adolescentes. Muitas deles pensam
que não são nada além de um medíocre que assiste TV, joga vídeo-game e
fica na internet o dia inteiro. E quem alimenta essa falsa expectativa
de que a vida deles tem de ser assim? Nós. “aeh Adriel, meu filho faz
natação, cursos e muito mais”. Meu irmão, não estou me referindo a isso e
sim as responsabilidades e a coragem que a sociedade retira dos
adolescentes. Fazer cursos é muito bom, mas se ele não se envolver em
algo maior, mais completo e que possa lhe oferecer algum tipo de
desafio, o curso pouco lhe servirá.
Meu irmão, Deus não chamou ninguém para a mediocridade e os
adolescentes se enquadram nesse pensamento. Não dê espaço a essa visão
ínfima desta fase e acredite neles. Faça você esse voto de confiança e
mude suas expectativas sobre eles para ver a diferença de resultado.
Muitos professores preparam as aulas de acordo com o nível cultural de
seus alunos e assim impedem o crescimento deles. Uma experiência com
dois professores demonstrou que a falsa expectativa criada pelo
professor, limitou o potencial de aprendizado dos alunos. Como? Um
professor foi informado que sua turma era nota 10 e por isso deveria
exigir mais deles, e outro foi informado que sua turma era mediana e
deveria trabalhar de acordo com seu nível, porém na verdade a verdade
era o contrário, a turma excelente, foi desacreditada e a turma mediana
foi motivada. E o resultado? Simples e você já sabe. A turma mediana,
com a boa expectativa do professor rendeu muito mais do que a turma dos
bons alunos e isso demonstra quão importante é a expectativas que as
pessoas alimentam dos adolescentes. Se você pensa que ele é um inútil
que não faz nada, ele foi fazer de acordo com sua expectativa. Agora
encha ele de “responsa” e bota o “moleque” trabalhar (não trabalho
formal), bota ele no compromisso pra ver o resultado. Hum, ai você vai
ver a coisa andar líder.
Finalizando, trago uma historinha para encorajar você. Clara nasceu
nos EUA em 1821 e quando tinha onze anos, algo mudou sua vida. Seu irmão
mais velho sofreu um acidente e precisou de cuidados médicos por muitos
meses. Clara, com apenas onze anos, implorou para a junta médica para
cuidar do irmão no hospital e surpreendeu a todos com as habilidades que
possuía e ganhava experiência a cada dia que cuidava dele. Uma menina
de onze anos. Dois anos e meio se passou e quando ela já estava com
quatorze anos, tornou-se a enfermeira da fazenda a qual seu pai cuidava,
onde cuidou de muitas homens doentes e quando a varíola assolou os
Estados Unidos, clara ajudou a cuidar de todos os homens de seu
vilarejo. Você não sabe quem foi clara né? Clara Barton foi à fundadora
da Cruz Vermelha nos Estados Unidos e ajudou a salvar milhares de
pessoas em todo mundo.
Agora minha pergunta é: Qual sua visão sobre adolescência ??
Adriel Lemosadriel@muh.com.br
Fonte: Site Gospel Prime
http://artigos.gospelprime.com.br/voce-acredita-no-adolescente-sera/
Excelente texto.
ResponderExcluirMaria Conceição Costa
Rótulos, conceitos e pré-conceitos nos impedem a criatividade e a motivação para lidar com pessoas em situações desafiadoras.
ResponderExcluirGiuliane DPaula
Muito bom, vou colocar o texto em prática com o adolescente que tenho em casa.
ResponderExcluirCleidirene Rosa Machado